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Gosto de pensar que a abordagem integrativa e holística que tenho adoptado ao longo da minha vida profissional deve-se a dois factores: 1) a uma característica de personalidade assente na curiosidade intelectual e no serviço ao outro que me impele a pesquisar, estudar e a partilhar com colegas e público em geral as diferentes abordagens terapêuticas e de crescimento pessoal que vou integrando na minha prática clínica; 2) à frustração que foi crescendo ao longo dos anos iniciais de prática profissional, por sentir que as ferramentas terapêuticas tradicionais de que dispunha não estavam a conseguir ajudar os meus pacientes a libertarem-se do sofrimento físico e psicológico de forma rápida, eficaz e com o mínimo de desconforto possível.

 

Apesar de, na teoria, sempre ter mantido esta visão "integrativa" no que diz respeito ao tratamento das mais variadas patologias, a verdade é que acabou por ser a realidade profissional que me veio demonstrar, de maneira muito evidente, que não eram os meus pacientes que se deveriam adaptar às minhas técnicas, mas sim o contrário.

 

É verdade que, dependendo da situação clínica de cada caso, existem algumas intervenções terapêuticas que têm demonstrado maior eficácia que outras no tratamento do sofrimento humano. No entanto, nunca acreditei que existisse uma ferramenta ou abordagem terapêutica única, fosse ela de vertente psicológica, fisiológica, farmacológica ou energética, que tratasse tudo, em todas as pessoas, com a mesma eficácia. Somos todos tão diferentes e com tantas tonalidades físicas, cognitivas, emocionais, energéticas e espirituais, que uma abordagem única nunca me fez grande sentido. Felizmente, e apesar da forma como o ensino académico está estruturado, existem cada vez mais profissionais de saúde com a mesma visão.

 

Nada terá contribuído tanto para o meu crescimento profissional inicial do que a colaboração que tenho o prazer de manter, desde 2007, com a Associação Oncológica do Algarve, atendendo regularmente doentes com cancro e os seus familiares. Desde o primeiro dia que comecei a trabalhar em oncologia, percebi que as ferramentas psicoterapêuticas mais tradicionais de que dispunha não satisfaziam, nem a minha exigência, nem as necessidades de quem me procurava. Os meus pacientes oncológicos e os seus familiares simplesmente não tinham tempo nem disponibilidade para meses intermináveis de "terapia de conversação"! Todos precisavam tratar de forma rápida e eficaz sentimentos e emoções intensas associadas ao diagnóstico e tratamento do cancro, como o medo da morte, a revolta ou a ansiedade, precisavam ainda de aprender a controlar o stress, a gerir a dor física... enfim, precisavam de tentar fazer as pazes com as suas vidas e de encontrar paz no meio de tanto sofrimento.

 

Decidido a encontrar métodos de tratamento mais eficazes, durante 2 anos dediquei-me exclusivamente à psicologia oncológica e realizei formação nas mais variadas técnicas de intervenção psicoterapêutica que pude encontrar, mais ou menos convencionais, dentro e fora de Portugal. E, apesar de todas elas terem acrescentado algo de positivo às minhas opções terapêuticas, continuava a sentir que "faltava qualquer coisa". Em 2008, enquanto realizava um curso intensivo de técnicas de meditação, manifestação e controlo mental, isolado no meio de um monte alentejano com mais 10 desconhecidos oriundos de 4 continentes e 7 países diferentes, as minhas preces foram finalmente atendidas e fui apresentado a um dos protocolos psicoterapêuticas mais extraordinários que conheci até hoje, o EFT - Emotional Freedom Techniques (Técnicas de Libertação Emocional), ou Tapping.

 

Apesar das minhas resistências iniciais (as técnicas que compõem o protocolo EFT são estranhas, foram adotadas de culturas orientais e as reivindicações dos praticantes pareciam-me ser boas demais para serem verdadeiras), a realidade é que o EFT permitiu-me aumentar significativamente as taxas de sucesso na gestão de emoções disfuncionais e no tratamento das mais variadas perturbações psicológicas, como o stress, a ansiedade, a depressão e ainda com excelentes resultados no tratamento da dor. Desde então, já utilizei este protocolo em centenas de pacientes (doentes oncológicos e não oncológicos), com os mais diversos quadros clínicos e com resultados extremamente positivos. Em alguns casos os resultados são tão extraordinários que, ainda hoje, me deixam surpreendido.

 

Ao aprofundar os meus conhecimentos nesta abordagem inovadora, foi com naturalidade que acabei por aprofundar os meus conhecimentos sobre Psicologia Energética e, posteriormente, tirar formação especializada em Medicina Energética. O aprofundamento destas áreas tem contribuido para um crescimento não só a nível profissional, como também pessoal, desvendando uma realidade que nunca esperaria possível quando terminei a minha formação académica em Psicologia Clínica.

 

A partir de 2010 começou a crescer a necessidade de transmitir algum do conhecimento teórico e prático que, entretanto, fui adquirindo na utilização destas ferramentas terapêuticas e de desenvolvimento pessoal. Nasceu assim o Método Pestana e, com ele, a realização de formações sobre algumas destas técnicas inovadoras, quer para profissionais de saúde, quer para o público em geral.

 

Muito tenho a agradecer a todos os meus pacientes e às muitas pessoas que têm participado nas minhas formações, por tudo o que me ensinaram e continuam a ensinar, pelo quanto me "obrigam" a crescer, forçando-me a sair da minha caixa terapêutica e da minha zona de conforto. A tod@s, o meu muito obrigado!

 

Com votos de muita saúde, paz, amor e alegria, aproveito para agradecer o interesse demonstrado no meu trabalho e, se for caso disso, um até breve.

 

Atentamente,

 

João Paulo Pestana