Seminário Educação com Emoções: Do Ser ao Saber!

No próximo dia 4 de Maio estarei em Pera, no Seminário Educação com Emoções: Do Ser ao Saber! para falar sobre os desafios dos rapazes no séc. XXI. Muito se tem falado, e bem, sobre as raparigas nas últimas décadas e as escolas adaptaram-se para proporcionar oportunidades que não estavam disponíveis anteriormente. Neste momento, as raparigas e os rapazes têm, em média, notas equiparáveis ao longo do percurso escolar, o que é muito positivo. No entanto, o abandono escolar nos rapazes continua a ser muito superior ao das raparigas. Nas universidades, a mudança nos últimos 10 anos é verdadeiramente impressionante, não só existem hoje muito mais raparigas matriculadas do que rapazes, como em alguns cursos, especialmente nas áreas da saúde, educação, direito e ciências sociais, a diferença chega a ser esmagadora. Os rapazes continuam a estar em maioria nas áreas de ciências e tecnologias exatas, mas também aqui as raparigas, e bem, começam a estar mais representadas, ao ponto das investigadoras portuguesas serem das mais representativas da UE. Estas diferenças podem, em parte, ser explicadas pelas diferenças de género na hora de escolher a profissão, mas será que é apenas isso? Ou será que estamos a deixar os rapazes para trás e nem nos apercebemos? As taxas de suicídio, alcoolismo e toxicodependência são muito mais prevalentes em rapazes do que em raparigas. Os rapazes apresentam também maior probabilidade de adição a videojogos e pornografia, de terem hiperatividade e défice de atenção, bem como de morrerem precocemente em acidentes de viação ou irem parar à prisão por comportamentos impulsivos. No entanto, enquanto sociedade, não falamos sobre isto. Se calhar já é tempo de começarmos o diálogo, até porque, quando apenas um dos géneros ganha, ambos os géneros perdem!